19 anos depois, enfim éramos campeões...de novo!


O campeonato paraibano de 1956 teve um significado mais que especial para a torcida do Auto Esporte. Fora o fato de ter levado a tão sonhada taça que era cobiçada há anos (o último título tinha sido o campeonato invicto de 1939), foi uma final em cima do Botafogo-PB. Sim, o velho rival de tantos jogos estava á nossa frente...de novo. Agora, os automobilistas teriam a chance de se vingar.   


Se o Botafogo-PB vencesse, seria considerado Penta-campeão, já que havia ganho nos anos anteriores (de 53 até 57), todos os títulos, com o Auto sempre ficando no quase. Em 1956, novamente os rivais se defrontariam na final, porém o mesmo ficou paralisado pela justiça desportiva devido a brigas envolvendo as diretorias dos clubes e a entidade maior (a velha e problemática FPF). Finalmente, em 1958, a justiça decidiu que a final seria disputada entre os dois, e novamente em uma melhor de três jogos.

Em caso de uma vitória para cada um, a mesma seria decidida no 3º jogo. Caso um só vencesse os dois primeiros jogos, o mesmo seria considerado campeão. O palco escolhido para a finalíssima foi o novíssimo estádio Olímpico José Américo de Almeida, que era conhecido antigamente como o campo do ''Boi só'', localizado no atual bairro dos Estados. A imprensa dava o nosso rival como o franco favorito para mais uma conquista, e já dava como certa a presença do mesmo na Taça Brasil de 1959. 

Como não podia deixar de ser, como todas as polêmicas que envolvem clubes rivais, no dia anterior á decisão, o árbitro da partida foi flagrado pro dirigentes do Auto Esporte bebendo com dirigentes do Botafogo em um bar da capital, gerando uma grande confusão. Mas nada tiraria o ímpeto dos automobilistas. No domingo, 2 de Março de 1958, ocorreu o primeiro encontro entre os dois times. Clima tenso, jogo nervoso. Mas os comandados do técnico húngaro Janos Tatrai sabiam da responsabilidade que tinham, e conseguiram a vitória.

2 x 1, o resultado final naquele dia, gols marcados por China, e pelo capitão e ídolo automobilista, Delgado (que mais tarde jogaria no Treze e no Corinthians). Na semana seguinte, o segundo jogo da melhor de três, e novamente, o Auto Esporte se impôs, repetindo o placar do jogo anterior, 2 x 1, e se sagrando campeão, título muito comemorado pela enorme torcida alvirrubra, que mesmo após tantos anos na fila, foi fiel e nunca abandonou o time.


A luta contra tudo e contra todos estava apenas começando...





A massa alvirrubra, mesmo após tantos anos, nunca abandonou o Auto Esporte. Ao fundo um aspecto das arquibancadas do estádio Olímpico lotadas. No primeiro jogo daquela final, o Auto entrou em campo com a seguinte escalação: Freire, Calado e Lucas. Xavier, Américo e Croinha. Pitado, China, Delgado Massangana e Alfredinho. Técnico: Janos Tatrai.


Delgado, capitão automobilista, disputa a bola dentro da área, cercado por zagueiros do Botafogo, lance em que resultaria no 2º gol do Auto Esporte naquela tarde de domingo, no 1º jogo da melhor de três. O Auto se sagraria campeão paraibano pela 2ª vez em sua história.

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